Sofá e Pipoca

Goosebumps - Monstros e Arrepios







Quando somos crianças, pré-adolescentes e, até mesmo, adolescentes temos muitos medos que fazem arrepiar – goosebumps é arrepio em inglês – os pelos do corpo. Mas esta sensação é boa. Goosebumps: Monstros e Arrepios é um filme o qual acaba fazendo o que o seu próprio nome sugere.

Zach (Dylan Minnette, da série Scandal) e sua mãe, Gale (Amy Ryan, de Birdman) se mudam para a Madison, Delaware, pouco tempo depois da morte do pai dele. Lá, a mãe conseguiu emprego como vice-diretora da escola equivalente ao nosso ensino médio – a velha e conhecida High School. Na mesma cidade, mora a tia de Zach e irmã de Gale, Lorraine (Jillian Bell, de Missão Madrinha de Casamento).
No dia em que se mudam, Zach conhece a sua mais nova vizinha, Hannah (Odeya Rush, de A Estranha Vida de Timothy) e o misterioso pai dela, R. L. Steine (Jack Black, de série The Brink), que mal o cumprimenta e já alerta Zach para ficar longe. Na nova escola, Zach faz amizade ou acaba sendo forçado a fazer amizade com Champ (Ryan Lee, de Super 8) que o ajuda quando, através da cortinas da casa de Hannah, Zach a vê brigando com o pai e depois ouve apenas o grito dela. Pouco tempo depois, Zach e Champ invadem a casa e procuram por Hannah. Porém, durante a procura, eles encontram uma estante cheia de livros e Champ percebe que são todos de historias da série Goosebumps. Estranhamente, todos os livros estavam trancados à chave. Ao abrirem um dos livros, toda a aventura começa.
A história de Goosebump, cuja ideia original foi da dupla Larry Karaszewski e Scott Alexander, que já tinha trabalhano junta em O Mundo de Andy e cujo roteiro foi feito por Darren Lemke, de As Viagens de Gulliver, com o próprio Jack Black, consegue prender realmente a atenção do espectador – tenha a idade que tiver – na tela do cinema. Há alguns pequenos furos na história, porém, sem comprometer gravemente o todo.
Esta história de terror e aventura captura, também, graças à direção de Rob Letterman. Ele, que também esteve por trás das câmeras em As Viagens de Gulliver, acertou em cheio o tom e o ritmo que esta história necessitava. Letterman consegue não pesar a mão em nenhum dos aspectos necessários para o suspense, a aventura e a comédia existentes no longa.

Aliás, o longa, que não existiria se não fosse pelos personagens criados por R. L. Stein, que faz um ponta rápida no filme, não estaria sendo lançado se não fosse pelas interpretações de Jack Black, Dylan Mimmette, Odeya Rush e Ryan Lee. Este quarteto passa a maior parte da produção em cena e conseguiram ter uma ótima química juntos.
Jack Black não está exageradamente exagerado, acertando o nível necessário para o personagem que a história pede. Dylan Mimmette faz um ótimo adolescente, deixando bem claro a transição existente na vida do personagem e como isto transparece durante os momentos de ação. Assim, como Odeya Rush soube dosar, em cena, a meiguice e a determinação de uma adolescente. Ryan quase consegue rivalizar com Jack Black na comédia dada sua desenvoltura.
Goosebumps: Monstros e Arrepios necessita de efeitos especiais. Até porque existem muitos e muitos monstros e dos mais diversos tipos. Os efeitos estão bons, porém, são perfeitamente reconhecíveis, até porque dão vida a monstros. Em um momento específico de perseguição, o ritmo acelerado acabou prejudicando os efeitos especiais. Entretanto, este “destaque” não compromete o filme como um todo e os monstros, inclusive, são uma parte importante da ambientação.
Falando em ritmo e montagem, a de Jim May, o mesmo da franquia G.I. Joe, consegue dar à velocidade certas cenas e, consequentemente, a história do longa. Assim, como o suspense e a ansiedade da aventura presente na tela é reforçada pela trilha sonora sob a batuta de Danny Elfman, de O Lado Bom da Vida. Danny soube dosar as trilhas e faze-las da maneira que as cenas pediam.
Quem quiser sentir tensão, mas ao mesmo tempo rir e torcer pelos personagens do filme deve assistir a este filme. Não precisa ser em 3D, porque não há tanta necessidade assim, porque vai aproveitar de qualquer 
jeito.



Por Andy Rodrigo

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