O lado bom da vida: Reflita.

Passei alguns dias de inverno viajando, não para um lugar que nevasse ou que o calor estivesse presente, mas para um dos locais em que me sinto aconchegada e amada, para a casa de quem começou a minha família, para o lar dos meus avós. Nestes dias de viagem pensei muito, refleti, sorri, guardei lágrimas e principalmente, relembrei momentos que fazem parte da minha vida, da minha história, sendo o meu lado bom da vida. 
Naquela pequena cidade do interior eu mantive e guardei sorrisos, pensei em tudo o que já tinha vivido ali e na minha vida inteira, e pude ver que por mais que hoje odeie minhas atitudes passadas e não queria ter feito e vivido um bocado de coisas, essas mesmas coisas fazem hoje de mim o que eu sou, me fazem ver tudo com a certeza do que eu quero e do que é o amor. 
Estar com a minha família é algo que sempre me anima e renova minhas energias, mesmo tendo consciência de que nem tudo na vida é feito apenas de momentos bons e sempre iremos nos chatear com algo. No entanto, nestes dias fora da minha vida normal, da minha rotina, longe dos meus pais, da minha casa e tudo o que envolve estar em casa, passei por lugares que me lembraram meu primeiro amor, e pensei sobre o que o amor é feito e porque ele é tão importante. 
No geral, esse texto não é apenas um "quero ser escritora", mas é também um desabafo sobre tudo o que senti e ainda sinto em relação a ter um primeiro amor. O meu surgiu em uma noite, basicamente em uma madrugada e somente depois de meses entrou de fato no meu coração, porém, não há meio de me lembrar como começamos a conversar, nem mesmo consigo definir a data, o momento ou o porque me apaixonei. A pessoa não era a mais linda, ou aquela que me tirasse a atenção ao esbarrar na rua, mas era completamente especial pra mim por ser quem e como ela era.
Por muito tempo tive o meu amor escondido,conseguia ir a escola, ter uma vida completamente normal e estar apaixonada em segredo. Modesta parte fiz isso muito bem, mas é quando os detalhes começam a fazer a diferença que você nota que não é apenas uma paixonite, e sim o amor. Como morávamos muito longe um do outro, passávamos o dia conversando por mensagem, as vezes na webcam, e isso me deixava com menos saudade. Construíamos sonhos a cada dia, não como namorados ou pessoas que se amavam, mas sim como os melhores amigos que nos tornamos e durante certo tempo deu certo. No entanto, ele não teve coragem de dizer o que sentia e com o tempo essa amizade foi se perdendo e acreditei que o meu sentimento por ele também. Mas, no instante que ele ressurgiu na minha vida tudo veio a tona novamente, o amor, o carinho, os sonhos, e a amizade, só que nem sempre as coisas não como queremos. 
Eu desejei que tudo fosse diferente muitas vezes, não acreditando que o melhor fosse que tudo permanecesse como estava antes, sem sentir absolutamente nada, nem amor, nem saudade, nem carinho, e principalmente, não sentir saudade. Em momento algum poderia imaginar que esse primeiro amor tinha sido correspondido durante todo esse tempo, até que em um momento ele me contou tudo o que sentia, disse também seus sonhos e medos, pediu perdão e acabamos discutindo. Só que era tarde demais, e aquele não seria um conto de fadas perfeito, nem teria um final como: "e viveram felizes para sempre", pois a vida real não é assim. Desde então nossas vidas tomaram rumos diferentes e fiquei decidida a esquecer todo e qualquer sentimento que tivesse por esse príncipe irreal.
Hoje, posso afirmar que não há mais nenhuma forma de sentimento como um dia houve, tenho saudade, mas não gosto mais dele, não o amo mais como amei um dia. Ficou apenas um vazio preenchido pelas boas lembranças, e a vontade de que nunca mais me sinta assim, de que nunca mais sinta algo por alguém que seja covarde a ponto de não me dizer um simples "eu te amo" que me faria a pessoa mais feliz do mundo.
E, naquela cidade, passando por locais tão importantes na minha vida, percebi que não sou mais aquela menina de seis anos atrás que ainda estava começando a vida, começando a amar. Sou uma mulher forte, decidida, que escolheu lutar para ter o lado bom da vida da maneira mais clara possível, sendo feliz todos os dias de hoje em diante, mas sem olhar para trás e desejar o que não foi feito para ser meu. 

Texto: Thaís Ferreira (blogamebatom)

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Se você chegou agora aqui no UGD e ainda não me conhece, muito prazer. Meu nome é Thaís Ferreira e sou uma das colunistas aqui do blog. Um beijo, fiquem com Deus e até o próximo post. 

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